Difícil imaginar atualmente a vida sem as redes sociais. Porém, se forem usadas sem cautela, podem ser uma verdadeira arma nas mãos de alguns. Em entrevista ao Ita News, Capitão Maciel fala sobre os riscos das redes.
Confira a entrevista:
IN: Como o senhor analisa a questão dos grupos que aliciam jovens a cometerem suicídio e automutilação?
Capitão Maciel: Essa é uma questão extremamente preocupante e triste. Os grupos que atuam na internet, aliciando jovens para práticas tão destrutivas, são uma ameaça real à saúde mental e ao bem-estar de nossos adolescentes. Esses indivíduos se aproveitam da vulnerabilidade dos jovens, muitas vezes em momentos de angústia ou solidão, e criam um ambiente que normaliza comportamentos prejudiciais.
Acredito que é fundamental que todos nós, como sociedade, estejamos atentos a esse problema. Precisamos promover um diálogo aberto sobre saúde mental, encorajando os jovens a falarem sobre suas emoções e desafios sem medo de julgamento. Além disso, é essencial que os pais e educadores estejam informados sobre esses grupos e saibam como identificar sinais de que um jovem pode estar em risco.
As plataformas digitais também têm uma responsabilidade importante nesse contexto. Elas devem programar medidas mais rigorosas para monitorar e remover conteúdos prejudiciais, além de oferecer recursos de apoio aos usuários.
IN: Capitão Maciel, recentemente, temos visto um aumento nos crimes contra jovens que se conectam por meio das redes sociais. Qual é a sua visão sobre essa situação?
Capitão Maciel: Infelizmente, as redes sociais têm se tornado um terreno fértil para criminosos que buscam explorar a vulnerabilidade dos jovens. Muitas vezes, esses indivíduos se aproximam com intenções aparentemente inocentes, mas logo começam a ameaçar e chantagear os jovens, exigindo que eles enviem fotos ou informações pessoais.
IN: Que tipo de ameaças os jovens estão enfrentando?
Capitão Maciel: Os jovens podem ser ameaçados de várias formas. Há casos em que o criminoso diz que irá expor fotos íntimas ou conversas privadas se a vítima não cumprir suas exigências. Essa pressão pode levar os jovens a se sentirem isolados e sem opções, o que é extremamente preocupante.
IN: Como os jovens podem se proteger contra essas armadilhas?
Capitão Maciel: A primeira recomendação é sempre ter cautela ao interagir com pessoas desconhecidas online. Aqui estão algumas dicas importantes:
- Privacidade nas Redes Sociais: Mantenha suas contas privadas e evite compartilhar informações pessoais, como endereço, escola ou número de telefone.
- Desconfie de Contatos Estranhos: Se alguém que você não conhece começar a conversar e parecer excessivamente interessado em você, fique atento.
- Não Envie Fotos Comprometedoras: Jamais envie fotos íntimas ou que possam ser usadas contra você.
- Converse com Alguém de Confiança: Se você se sentir ameaçado ou chantageado, procure um adulto de confiança ou um profissional para relatar a situação.
- Denuncie: É fundamental denunciar as ameaças às autoridades competentes, como a polícia ou plataformas de redes sociais, para que possam tomar as medidas necessárias.
IN: Qual é o papel da polícia nesse contexto?
Capitão Maciel: Nossa função é proteger e orientar a comunidade. Estamos trabalhando constantemente junto a Escolas como o PROERD que trabalho em um dos seus temas essa necessidade de atenção às interações em redes sociais. Também incentivamos os pais a manterem um diálogo aberto com seus filhos sobre o uso da internet e as possíveis armadilhas.
IN: Para finalizar, qual mensagem você gostaria de deixar para os jovens?
Capitão Maciel: Quero que todos os jovens saibam que eles não estão sozinhos e que existem pessoas dispostas a ajudá-los. A internet pode ser um lugar maravilhoso, mas também apresenta riscos. Fiquem alerta e lembrem-se: nunca é tarde para buscar ajuda.
Caso necessite de ajuda ligue 190, telefone de merecia da Polícia Militar e com certeza um de nossos atendentes lhe dará a atenção devida.