No dia 17 de novembro o banqueiro Daniel Vorcaro foi preso quando estava prestes a embarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos (AIG) para Dubai, Emirados Árabes Unidos.
Esse mestre das fraudes é dono do Banco Master e foi “pego” na tentativa de vender carteiras de crédito (que são conjuntos de operações de empréstimos e financiamentos realizados por uma Instituição Financeira (IF)) falsas para o Banco Regional de Brasília (BRB), cujo presidente também teve mandado de busca e apreensão contra si. Isto é, Daniel tentou invocar seu “poder da fraude” no Castelo de Grayskull, que é o Sistema Financeiro Nacional (SFN) nessa “historinha”, criando e inventando empréstimos, financiamentos e títulos de crédito fakes, mas que supostamente sua IF possuía, colocando-as à venda com o intuito de alavancar dinheiro para seu “empreendimento”.
Segundo a Polícia Federal (PF), a “espadada do He-Man” girou em torno de R$ 12 bilhões. Para se ter uma ideia, a Prefeitura de São Roque, em SP, tinha mais de R$ 93 milhões investidos no Banco Master. Maceió, no Estado de Alagoas (AL), mais de R$ 95 milhões. Estado do Rio de Janeiro (RJ), R$ 970 milhões. Estado do Amazonas (AM), R$ 50 milhões. Estado do Amapá (AP), R$ 400 milhões. Entre outras unidades federativas e municípios.
Por essa, nem o “Esqueleto e sua turma” (outros corruptos no Brasil afora) esperavam. Seu Daniel é “o homem”, no mundo das falcatruas.
Vorcaro, por sua gestão fraudulenta, está sendo investigado/acusado por crimes de gestão temerária e organização criminosa. Já no dia seguinte à sua prisão, o Banco Central do Brasil (BACEN) decretou a liquidação do Banco Master, tendo que recorrer ao pagamento de garantias que chegam a quase R$ 41 bilhões na sua totalidade, através do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

O grande problema nessa trama toda é que o FGC é uma Associação Privada Sem Fins Lucrativos (o bonzinho Gorpo do desenho) que atua como garantidor de créditos (empréstimos e financiamentos), baseados na confiança das pessoas no SFN, e, sendo assim, contribui para o desenvolvimento econômico do país, pois dá garantias para que as empresas possam tomar créditos nas IFs e investir em equipamentos, tecnologia, inovação, contratação de pessoas. Ora, se o BACEN teve que recorrer ao FGC para usar mais de R$ 40 bilhões e quitar dívidas com os clientes do Banco Master, isso quer dizer que houve um grande rombo na Associação devido à fraude do “He-Man”, não é? A IF de Vorcaro emitia títulos de crédito que pagavam juros muito acima do normal para o mercado financeiro e que eram garantidos pelo FGC. Isso é a “risada do Esqueleto, no desenho”.
A pergunta que fica é: quem vai “pagar o pato?”. Resposta: o Pacato Guerreiro (o povo, na historinha). Porque se o FGC estiver com caixa baixo, não poderá incentivar mais as empresas e nem as pessoas físicas em seus projetos com garantias de empréstimos e financiamentos como incentivava antes, o que significa que haverá menos investimento, o que acarreta em cortes em despesas, que coincidentemente gera aumento de desemprego e/ou falta de vagas disponíveis no mercado de trabalho. Ou seja, Daniel não só usou de má fé, como comprometeu toda a engrenagem econômica do país. A tendência é que empréstimos e financiamentos em bancos passem a necessitar de mais fiadores/avalistas, mais bens penhorados e/ou hipotecados e usem taxa de juros maiores a partir de agora, até que o caixa do FGC seja reestimulado e reequilibrado.
Enquanto isso, na vida real, nós, a população brasileira, Pacata e Guerreira, continua sendo “montada” por espertalhões como Daniel, que se acham o “He-Man”.
Até a próxima! Paz e bem a todos (as)!








