Numa época não tão distante, a União Soviética e os Estados Unidos travavam a famosa “Guerra Fria”, uma disputa por tecnologia, poder, território e influência ideológica e econômica sobre os países europeus, asiáticos e da América Central. Essa “batalha às escondidas”, com muita espionagem envolvida nos bastidores começou no dia seguinte ao final da Segunda Guerra Mundial.
Foram espalhadas as ideologias da democracia e da vida próspera americana e do comunismo soviético por todas essas regiões. Nações como China e Coreia do Norte foram influenciadas em demasiado por Stalin e os Soviéticos. Terroristas e “ditos revolucionários” em Cuba também. Já a Inglaterra, França e outros países da Europa estavam inclinados a seguir o estilo americano de vida.
A América Latina, naquela época, era considerada o “quintal dos EUA”. Os americanos interferiam politicamente em todo lugar em que se tentava implantar regimes autoritários, como o dos Perón na Argentina (direita extrema, quase fascista), e o comunismo como o que João Goulart (Jango) queria implantar no Brasil (sim, algumas autoridades brasileiras viviam em constante comunicação com Fidel Castro em Cuba e com o pessoal da KGB, na União Soviética, para tentar emplacar a ideologia dos “comuns” aqui na terra tupiniquim). Para quem quer saber mais sobre esse passado literalmente sinistro (esquerdo) do Brasil, sugiro ler artigos e livros sobre Luiz Carlos Prestes e Carlos Marighella, brasileiros bem envolvidos nisso. Sem falar de Dilma Rousseff e José Dirceu, que passaram até por treinamentos de guerrilha em Cuba.
Pois bem, décadas se passaram e hoje a América Latina é um terreno fértil para extremismos novamente: no Brasil, a interminável e já infantil batalha entre bolsonaristas extremistas e os alienados lulistas. Na Argentina, Milei com sua direita forte contra a família Kirchner, que mesmo definhando, ainda quer governar o país. Bolívia numa bagunça só. Venezuela sendo governada por um imaturo, porém astuto senhor. E junto de tudo isso há a riqueza em água, em mata, em agronegócio e em petróleo. Sim, nós latino-americanos somos ricos e não podemos usufruir, dada tanta corrupção que existe por aqui no continente. Como diria o saudoso Belchior, “sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no bolso”. Ele só esqueceu de dizer que não temos “dinheiro no bolso”, mais devido aos governantes que à falta de riqueza natural.
Fato é que agora a América Latina é a “galinha dos ovos de ouro” dos players que “mandam no mundo”. China e Rússia se unindo para tentar dominar nosso comércio e as nações deste continente, puxando forte a coleira para o lado de lá. E os Estados Unidos, com sua perspicácia e know-how, além da insana fome de Donald Trump em ser dominador, sobre “seu antigo quintal”, puxando forte a coleira do outro lado. Enquanto isso, os povos brasileiro, argentino, peruano, uruguaio e demais tendo seus “pescoços” apertados pela disputa. Estamos entre a cruz e a espada.
Enquanto não houver uma América Latina unida economicamente, como um verdadeiro bloco, não só um projeto e com países governados por pessoas sérias, com povos conscientes de sua importância global, estaremos encoleirados. E, se não nos unirmos, uma hora ou outra, infelizmente e fatalmente um lado vai conseguir ganhar esse “cabo de guerra” e vai nos dominar e nos fazer abanar o rabinho.
Até a próxima! Paz e bem a todos (as)!