Caros (as) leitores (as), antes de começar minha reflexão junto a vocês na crônica de hoje, primeiramente eu gostaria de apresentar o contexto desta coluna. Sua alcunha se dá pela forma como estarei abordando semanalmente aqui neste veículo de comunicação e informação, assuntos como geopolítica, economia e política, em uma visão macro, mundial.
A coluna se chama “O Astronauta” porque quero demonstrar aqui uma visão global, como se eu pegasse você pela mão e levasse junto à uma nave espacial para verificar o que está acontecendo no mundo e não somente em Itapeva e região.
Infelizmente estamos vivendo uma fase geopolítica mundial que, ao estudarmos ou até mesmo apenas pesquisarmos um pouco da saga humana em nosso planeta, conseguimos constatar que nossos antepassados já viveram. Quem nunca ouviu falar sobre Alexandre, o Grande? Ele foi um dos piores seres humanos que existiram. Desprezível. Só queria matar e conquistar terras. E por incrível que pareça, foi pupilo de Aristóteles, um dos maiores pensadores da história. E sobre Júlio César, a quem uma frase famosa – “se der pães e circo ao povo, ele nunca se revoltará” – foi atribuída? Sobre Napoleão Bonaparte? Sobre Stalin e sobre o indivíduo mais demoníaco e repugnante que já existiu na Terra, cujo nome me nego a dizer e escrever, em respeito à humanidade e principalmente aos judeus.
Pois é, estamos revivendo isso nos dias atuais. Temos a loucura e a impulsividade do americano Donald Trump e o pragmatismo sádico do russo Putin. Estamos à sombra da imprevisibilidade de Kim Jong-un, na Coreia do Norte. A incógnita Zelensky que lidera a Ucrânia: alguém tem opinião realmente formada sobre ele? E sobre Macron, na França? Do lado de cá do Oceano Atlântico, além de Trump, Maduro se camufla numa ditadura disfarçada de governo popular. Já no Oriente Médio, o irado Netanyahu, de Israel, enfrentando grupos terroristas como Hamas e Hezbollah e depois massacrando o povo palestino, que é obrigado a abrigar esses sanguinários. E depois atacando o Irã, que financia o terrorismo. Mas também atacando civis inocentes. E em nosso próprio país, ainda sem guerra contra outra nação (porque aqui no Brasil já existem guerras não declaradas), vivemos situações absurdas com os Três Poderes, se digladiando, sendo que no entanto, deveriam fiscalizar um ao outro e trabalharem juntos para o bem da nação.
O que o ser humano aprendeu entre 2020 e 2021, período no qual somente com a pandemia, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), morreram quase 15 milhões de pessoas? Ao meu ver, a ser mais egoísta, mais individualista e ter menos empatia. Nossos antecedentes já passaram pela Gripe Espanhola e pela Peste Negra e foi igual.
Estamos vivenciando perseguições religiosas, iguais as que já ocorreram há milênios. Vemos todo dia na TV ou no celular notícias sobre invasões e conflitos: China tentando invadir Tailândia. Israel, como já dito, invadiu a Palestina (com um pretexto inicial válido que se perdeu com o tempo). Venezuela, tentando invadir a Guiana Essequibo. Rússia, querendo anexar a Ucrânia toda. Já lemos ou vimos isso no passado, não? Guerra em fatias. Conflitos em pílulas (ou seriam ogivas?).
De forma horrível estamos passando por uma etapa sombria (parece um ciclo) no espaço e no tempo do Planeta Terra. “Olhe lá de cima comigo”, de dentro da nave espacial e perceba o que está acontecendo. São coisinhas ali, coisinhas aqui. Coisinhas acolá. E de repente, aparece o caos total.
A coluna O Astronauta tentará levar você a refletir um pouco mais sobre assuntos que ultrapassam os limites de nossa vizinhança próxima, de nossos pedágios e de nossas viagens de 300 km. A pensar um pouco ‘fora da caixinha’: “nossa, como o bombardeio americano nas instalações nucleares do Irã irá interferir na minha vida e na da minha família?”; “Por que somente os Estados Unidos e a Rússia se acham no direito de enriquecer Urânio?”. Não somente a ver o que acontece debaixo de nosso nariz, mas também a perceber que hoje não há distância para consequências de fatos que ocorrem a milhares e milhares de quilômetros. A intenção da coluna é refletirmos juntos sobre o que está acontecendo no mundo. Em alguns momentos, politicamente, em outros geopoliticamente e em outros, economicamente, apesar de todos esses aspectos estarem interligados de forma que não podem ser independentes um do outro.
Finalizo essa minha primeira interação com vocês, deixando uma reflexão enfática para a semana que virá: “Todos esses personagens e esses acontecimentos que citei são mais fortes que sua fé? Independente de tua religião?” Se a resposta for sim, pare e reflita muito. Se a resposta for não, também pare e reflita. Mas saiba que você já tem um norte e uma fortaleza.
Paz e bem a todos! Até a próxima.