Você tem sentido que anda mais ansioso, roendo unhas ou rangendo os dentes? Seu filho costuma ficar nervoso, morder objetos ou ter aftas com frequência? Estes sinais podem estar ligados ao excesso de cortisol, o hormônio do estresse, que influencia diretamente a saúde da boca.
O estresse não afeta apenas o humor e o sono. Ele gera desequilíbrios químicos no corpo — e um dos principais é o aumento do cortisol, que pode abrir as portas para cáries, inflamações e doenças bucais.
Mas como o cortisol impacta a boca?
Quando estamos ansiosos e estressados, o organismo libera mais cortisol, e esse excesso gera uma série de efeitos:
Diminuição da saliva – boca seca, maior risco de cáries e mau hálito;
Alteração da imunidade – infecções orais, como cáries, aftas e candidíase, aparecem com mais frequência;
Aumento do consumo de açúcar – muitas pessoas recorrem a doces em momentos de ansiedade, o que acelera o processo de cárie;
Inflamação crônica – maior risco de gengivite e periodontite.
Crianças ansiosas também sofrem na boca
A infância é uma fase em que os impactos do estresse muitas vezes se refletem no corpo. Crianças mais ansiosas podem:
Apertar os dentes ou ranger à noite (bruxismo infantil), chegando a desgastar e fraturar os dentes;
Desenvolver hábito de roer unhas ou morder objetos, prejudicando dentes e gengiva;
Apresentar mais cáries, mesmo com boa higiene, por conta da boca seca e da queda da imunidade;
Ter aftas recorrentes em períodos de tensão.
Estresse, ansiedade e cáries: um ciclo perigoso
O estresse aumenta o cortisol. O cortisol diminui a saliva e altera a imunidade.Com menos saliva, a boca perde sua principal defesa contra bactérias — e as cáries se desenvolvem com mais facilidade.
Além disso, quem está ansioso costuma escovar os dentes de forma apressada ou até esquecer a higiene bucal, o que piora ainda mais a situação.
Como é feito o diagnóstico?
No consultório odontológico, vamos identificar sinais de estresse e ansiedade refletidos na boca, como:
• Desgastes dentários por apertamento;
• Boca seca frequente;
• Presença de múltiplas cáries em pouco tempo;
• Lesões de mucosa (aftas, mordidas em bochecha ou língua);
• Gengiva inflamada mesmo sem excesso de placa visível.
Em alguns casos, pode ser necessária a parceria com médicos, psicólogos ou nutricionistas para avaliar os níveis de cortisol, padrões de sono e hábitos alimentares.
O tratamento é sempre personalizado e pode incluir:
Prevenção contra cáries: aplicação de selantes e acompanhamento mais próximo;
Orientação de higiene bucal adaptada à rotina do paciente;
Controle da ansiedade com apoio psicológico, técnicas de respiração, meditação ou atividade física;
Revisões mais frequentes no dentista, especialmente para crianças ansiosas;
Placas de bruxismo, quando há desgaste ou dor por apertamento.
A boa notícia é que é possível quebrar o ciclo do estresse
Ignorar os sinais pode trazer consequências sérias, como múltiplas cáries, retração gengival, dor e até perda dentária precoce.
Mas, quando o paciente é olhado de forma integral — corpo e mente —, é possível interromper esse ciclo. Com acompanhamento adequado, tanto adultos quanto crianças podem recuperar o equilíbrio, proteger o sorriso e ganhar mais qualidade de vida.
Conclusão: a boca revela o que a mente sente
A saúde bucal é um reflexo da saúde emocional. O sorriso pode ser o primeiro a mostrar os impactos do estresse e da ansiedade. Por isso, cuidar dos dentes é também cuidar da mente e do coração.
Na Dom Odontologia, acreditamos em uma odontologia humana e integrativa: olhamos além dos dentes, entendendo cada pessoa como única.
Agende uma avaliação. Vamos cuidar do seu sorriso e ajudar você (e seus filhos) a ter mais equilíbrio, leveza e saúde — por dentro e por fora.