O inferno astral do prefeito afastado de Itapeva parece estar longe de acabar. Luiz Cavani, que pode ser cassado na segunda-feira (09), e já é alvo de diversas Comissões Especiais de Inquéritos da Câmara Municipal de Vereadores e acabou sendo afastado da Prefeitura pelo Ministério Público, agora enfrenta mais um processo em tramitação na Justiça.
Desta vez, por crimes ambientais praticados nas dependências da Secretaria Municipal de Administrações Regionais, junto ao Cavani os ex-secretários Carlos Roberto Santini Júnior e Geraldo César Cerdeira também foram arrolados como autores do crime ambiental.
De acordo com o Promotor de Justiça, Pedro Rafael Nogueira Guimarães, foi instaurado um inquérito policial para apurar os crimes de depósito irregular de resíduos sólidos no “Ecoponto” e no “Lixão” ao lado da Vila Santa Maria, irregularidades essas constatadas em vistorias realizadas pela Polícia Militar Ambiental e pela CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.
A situação do Ecoponto chamou a atenção depois de diversas reclamações de moradores que relatavam o transtorno com a fumaça das queimadas realizadas no local. Diante das queixas, o presidente do CONSEG – Conselho Comunitário de Segurança de Itapeva, Maurício Coelho, acionou os órgãos competentes que constataram o crime, afirmando ainda que o Ecoponto estava irregular e que as queimadas registradas geravam fumaça nociva e causava incomodo a comunidade local, inclusive a alunos de uma escola pública ao lado do Ecoponto. Já a situação do Lixão é um problema antigo, onde há uma determinação da própria CETESB para que o município encerre qualquer tipo de atividade de depósito de lixo no espaço.
Já que um dos apontados como autor dos crimes ambientais ainda permanece recebendo como prefeito, embora afastado das funções do cargo, o promotor requereu o encaminhamento do caso para julgamento ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que é quem possui a prerrogativa de julgar.